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"Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer" não é apenas um provérbio português, mas uma verdade refletida na ciência. O sono infantil adequado desempenha um papel crucial na saúde física e emocional das crianças, influenciando diretamente o seu desenvolvimento.
Crianças que dormem bem tendem a ser mais calmas e cooperativas, o que melhora a dinâmica familiar e cria um ambiente doméstico mais equilibrado. Estudos mostram que o sono insuficiente na infância pode ter consequências como o aumento do risco de obesidade e problemas de saúde mental e ainda problemas de crescimento devido à libertação insuficiente de hormonas do crescimento durante o sono.
As crianças que não dormem o suficiente apresentam outras alterações a nível hormonal. As hormonas que regulam a fome e o apetite podem ser afetadas, fazendo com que a criança coma em excesso e sinta preferência por hidratos de carbono altamente calóricos.
Além disso, a falta de sono pode afetar a forma como o corpo metaboliza esses hidratos, desencadeando a resistência à insulina, que está associada a diabetes. De acordo com um estudo britânico, foi possível notar que crianças de três anos, que dormiam menos de 10 horas e meia por noite, tinham 45% a mais de probabilidade de se tornarem obesas ao completarem 7 anos.
A falta de sono está também fortemente associada a distúrbios de humor, agravando o risco de depressão e dificultando a capacidade de lidar com o stress e ansiedade. Ainda, o sono é um fator importante para a produção da hormona do crescimento (GH). Esta é influenciada por fatores como a nutrição, o stress e o exercício físico. Contudo, nas crianças, o sono é o mais importante, pois é durante as fases mais profundas do sono que ocorre a maior libertação de GH, essencial para o crescimento adequado.
Assim, o sono torna-se fundamental no desenvolvimento infantil, superando outros fatores na regulação da produção desta hormona.
O sono insuficiente em crianças aumenta a probabilidade de birras, dificuldades de concentração e comportamentos desafiadores. Tudo isto dificulta a manutenção de uma dinâmica tranquila em casa. Por outro lado, quando as crianças estão descansadas, o ambiente é mais leve e propício a momentos de afeto e conexão familiar. O descanso das crianças impacta diretamente o bem-estar dos próprios pais. Sentem-se bem-dispostos, com mais paciência e abertura para interagir. Isso cria um ciclo positivo, onde toda a família beneficia do sono adequado.
Imagine que não dormiu nada e o seu filho também não. Aqui não é apenas o sono infantil que está em causa. O seu também. Estão ambos irritados e sem paciência. Como acha que vai lidar com situações de tensão?
Sem o devido descanso, é natural que a tolerância seja menor e as emoções estejam mais à flor da pele, deixando que os conflitos sem importância se tornem em bichos de sete cabeça. Torna-se difícil manter um diálogo afetuoso e construtivo com elementos da família exaustos, que em pouco contribui para o ambiente agradável e saudável, importante no desenvolvimento infantil.
Pais cansados tendem a ser mais impacientes, enquanto pais descansados conseguem manter a calma, mesmo em situações desafiadoras. Com a mente descansada, as decisões são mais claras e conscientes, o que contribui para o amadurecimento saudável das crianças. Portanto, papás, não subestimem o poder do sono e procurem soluções que vos permitam ter noites mais tranquilas.
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E nos momentos em que há algo que corre mal ou depois de um dia agitado, um sono reparador permite que a mente e o corpo descansem completamente, “dormindo sobre o assunto”. Não se esqueça de ler uma história, cantar uma canção ou fazer outra rotina pré-sono que vai ajudar a acalmar a mente dos mais pequenos. O dia seguinte é então uma oportunidade de recomeçar com o pé direito. Toda a família acorda revigorada e com uma nova energia, deixando para trás eventuais conflitos do dia anterior. Todos podem aproveitar melhor o dia e ter interações mais calmas, com alegria e compreensão.
Existem muita discordância quando se fala no conceito de co-sleeping e se deve ser feito ou não. É uma prática que tem os seus benefícios, é verdade. A proximidade física durante a noite ajuda a fortalecer os laços emocionais, construindo confiança e segurança para o bebé.
Para as mães que amamentam, o co-sleeping facilita a dinâmica noturna, permitindo um acesso mais rápido e natural à criança, o que pode melhorar tanto o sono da mãe quanto o do bebé. Esse contato físico constante também pode reduzir o stress dos pais, uma vez que estão mais conectados às necessidades da criança e podem responder rapidamente.
Apesar dos benefícios, é essencial considerar os riscos do co-sleeping, como sufocamento ou acidentes. A segurança deve ser priorizada.
Para um co-sleeping seguro, siga estas recomendações:
1. Use um berço acoplado à cama dos pais, proporcionando proximidade e segurança ao bebé.
2. Mantenha objetos perigosos afastados, como almofadas e cobertores, para evitar sufocamento.
3. Evite cabeceiras decoradas ou com ripas que possam prender o bebé.
4. Sem outros ocupantes na cama: Evite outras crianças ou animais na mesma cama que o bebé.
5. Certifique-se de que o bebé não pode ficar preso entre o colchão e a parede ou outros espaços apertados.
6. Não deixe o bebé sozinho numa cama de adulto para evitar quedas e acidentes.
Dormir bem transforma a rotina da família em algo mais leve e harmonioso. Crianças descansadas são mais calmas, sorridentes e bem dispostas. E quando os pais também conseguem descansar, tudo corre melhor, com mais paciência e carinho.
Práticas durante o sono, como o co-sleeping, quando feitas de forma segura, podem fortalecer ainda mais a conexão entre pais e filhos.
No fim, o sono de qualidade das crianças mas também dos pais, não só traz paz, mas enche a casa de amor e harmonia para enfrentar cada novo dia com energia renovada.